Mais uma greve dos
professores e uma triste constatação, uma baixa aderência às manifestações. O
que decepciona é que as razões pelas quais muitos professores não colaboram com
as lutas não têm a ver com a aceitação da situação vigente, mas a desculpas
mesquinhas do tipo “eu não vou compensar horário nos sábados” ou “ não quero
chegar ao natal trabalhando” e ainda tem (e que inspirou o título do artigo) “
eu tenho medo que cortem meu ponto”, para esses vale o grito de guerra “mais vale um covarde vivo do que um herói
morto”.
Quão decepcionante é
para uma categoria que tem o dever moral de mostrar à sociedade, que não se
deve baixar a cabeça diante das injustiças ou imposições ditatórias, o papel do
professor transcende da busca por melhores salários ou melhor estrutura de
ensino, para um exemplo de indignação que busca educar uma sociedade no uso de
seu direito democrático mais subjetivo, que é o de não aceitar que indivíduos
cheios de intenções obscuras decidam os nossos destinos.
Nesse contexto, essa
alienação é uma vergonha, pois num momento histórico em que a sociedade acorda
e percebe que consegue se articular para ir às ruas lutar pelos seus
direitos, o professor simplesmente não consegue demonstrar tal articulação. Não
cabe a eu buscar as razões para essa fraqueza e nem tentar explicá-la, a mim
resta apenas o constrangimento de saber que ela existe e que apesar disso ainda
pude ler com imensa alegria que alunos do Ensino Médio aderiram aos protestos
em frente ao Palácio do Piratini (em Porto Alegre) em repúdio à implantação do
Ensino Médio Politécnico. Parabéns a esses alunos por seguirem o exemplo dos...
De quem mesmo?
Adair
Bueno da Rocha 28/09/2013
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